segunda-feira, 23 de maio de 2011

CASO DE FALÊNCIA DA FABRICA DE CALÇADO BOLEIRO



A 26 de Março de 2008 a Fabrica de Calçado Boleiro situada em Avintes, Vila Nova de Gaia, fechou portas, devido a má gestão da entidade patronal e com encomendas de 16000 pares de sapatos.
Trabalhadores na rua com dois meses de salários em atraso e parte do subsidio de Natal.
Imagem aerea de Fabrica de Calçado Boleiro, Sociedade UnipessoalSegundo os trabalhadores, foi tudo premeditado pela gestora Maria Ermelinda Moreira Dias que contratou gestores e advogados para gerirem esta falência.
Tudo começou em 2006 ao hipotecar o imóvel por um valor arredondado de €2,000,000 e em que esse dinheiro nunca entrou na empresa. Segundo se sabe, distribuiu pelos filhos e netos, não inovou nem criou novos postos de trabalho aumentando assim a sua riqueza pessoal. Produziu encomendas, recebeu o dinheiro e mesmo assim deixou acumular dívidas. Em Dezembro de 2007 mudou o nome da empresa de FÁBRICA DE CALÇADO BOLEIRO, S.A. para FÁBRICA DE CALÇADO BOLEIRO, SOCIEDADE UNIPESSOAL sem dar conhecimento aos funcionários.
Trabalhadores acusam a entidade patronal de criar falsas expectativas, dizendo que pagaria os salários em atraso e o subsidio de natal caso produzissem e fizessem as entregas das encomendas aos clientes.
Nos últimos meses a empresa trabalhou para fabricas como a Fabrica de Calçado ARA e Calçado Beija Flor (também conhecido por Vermelho) sediadas em Avintes e fazia cobranças em dinheiro ou por sistema de letras que posteriormente a gerência levantava.
Segundo se sabe, a entidade patronal recebia o dinheiro das encomendas e não pagava a ninguém.
Funcionários queixam-se de ao fim de muitos anos de dedicação a entidade patronal ter deixado famílias inteiras em situações bastante difíceis, visto que, em alguns casos, trabalhavam juntos marido e esposa que dizem não ter recebido nenhum apoio.
A 3 de Julho de 2008 os trabalhadores depararam-se com um cenário de desordem na fabrica. Máquinas que ficaram eram sucata, como transportadores e mesas sem valor, sendo que as máquinas de maior valor foram retiradas pela administração á revelia dos trabalhadores.Calcula-se um valor superior a €300,000 em máquinas e viaturas que foram roubadas pela administração da Boleiro.
Palavras de um funcionário da empresa: “Não é de louvar a administração da firma agora encerrada e a deixar dívidas ao fisco, Segurança Social, operários, banca e fornecedores, demonstrando tratar-se de uma firma que não é idónea.”


Celeste Amorim VarumSegundo informação publicada pela Clipping Dia-a-Dia em 28-04-2008, a professora do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro, Portugal, Celeste Amorim Varum (Sócia gerente e filha dos patrões da Fabrica em questão), foi recebida em Fortaleza, Brasil, pelo Instituto Euvaldo Lodi do Ceará (IEL/CE), em parceria com a Universidade Estadual Vale do Acaraú e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) com apoio do Fórum de Tecnologia do Ceará, a fim de fazer uma análise do desempenho internacional da indústria transformadora europeia em comparação com outros blocos económicos, onde foi discutida a competitividade da indústria europeia nos sectores de alta tecnologia, além de terem sido apresentados os padrões e tendências de inovação na indústria transformadora.
A 19 de Fevereiro de 2011 foi afixado, no portão da fabrica, um edital referente à insolvência onde informa o encerramento do processo.
Ao fim de 3 anos do fecho desta empresa pergunta-se, quais foram as medidas tomadas pela justiça e pelo governo para arranjar forma de pagar as indemnizações ao funcionários?
Fabrica de Calçado Boleiro ActualmenteAs instalações da empresa estão à venda desde Abril de 2008. Segundo informações recolhidas em casa.sapo.pt no dia 09 de Abril de 2008 o preço de venda seria de €3,641,224, em 26 de Abril de 2008 o preço de venda seria de €2,200,000, em 15 de Junho de 2008 o preço de venda seria de €2,800,000 e actualmente não vale os €2,800,000. Segundo apuramos: chove dentro das instalações, muitas infiltrações de água para a cave, canalização podre, instalação eléctrica com deficiências, água de poço imprópria e muito suja, difícil acesso a viaturas pesadas. As instalações neste momento estão completamente vandalisadas e ao abandono, sem caixilharia, falta de alguns portões e porta, cheia de lixo no seu interior e num avançado estado de degradação, conforme documentam as imagens.


























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